domingo, 14 de outubro de 2012

Alegria, precisa-se

Muitos de vós poderão perguntar se haverá motivos para a alegria no mundo em que vivemos ou, até mesmo, se será possível a alegria? Sobretudo quando verificamos o aumento da pobreza, o crescimento da insegurança no futuro, a multiplicação das agressões violentas contra as pessoas e a Natureza e a existência de tantos sofrimentos e de tantas lágrimas. Talvez seja por estas razões que vemos, constantemente, rostos tristes quando passeamos pela rua. Talvez muitos de nós já se tenham rendido à tristeza e fazem dela a sua companheira incómoda, mas constante.
Precisamos de recuperar o segredo e o sentido da alegria, aquela força que nos faz olhar para o presente e para o futuro com serenidade e confiança. Recuperar o perfume contagiante do sorriso que afecta e modifica o nosso ambiente e o ambiente daqueles que nos rodeiam.
O apóstolo São Paulo diz-nos que o desejo de Deus é «Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias». O cristão não pode viver como se o Deus da alegria não tivesse vindo para o meio de nós. Na liturgia do Natal, ouvíamos a notícia mais sensacional da história da humanidade: «Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: nasceu-vos um Salvador.» Vivemos na alegria, porque sabemos donde vimos e para onde caminhamos. Estamos certos de que no fim da nossa caminhada encontraremos os braços amorosos do Pai que nos acolhe e nos introduz na felicidade plena. Não nos faltarão dificuldades, incompreensões e perseguições. Poderemos até parecer derrotados. Mas, nos nossos olhos, deve brilhar sempre a certeza de que Deus caminha connosco, nunca nos esquece e é fonte da nossa alegria e serenidade.
 
Prof. Carlos Lourenço

Sem comentários:

Enviar um comentário